segunda-feira, 14 de novembro de 2011

A perda de confiança de Berlim, Paris e Bruxelas

Berlim, Paris e Bruxelas aproveitaram a ocasião para exigirem a cooperação dos dois principais partidos, colocando à cabeça [do Governo] um tecnocrata, uma vez que não confiam nos líderes políticos. Papandreu foi posto fora de jogo por causa da sua proposta de referendo.

Depois de ter hesitado entre as suas ambições pessoais e os ardores da sua base de apoio, o seu rival Antonis Samaras, líder da Nova Democracia, voltou às suas posições iniciais, apoiando completamente Papademos e aprovando as decisões que o novo Governo será obrigado a tomar durante o seu mandato. Os dois maiores partidos gregos concordam que o novo Governo deverá durar apenas até ao próximo mês de fevereiro.

Mas uma nova realidade é visível. O Governo de Papademos deverá selar o orçamento para 2012 e fazer ratificar o acordo europeu de 27 de outubro último, que prevê a redução de 50% da dívida e medidas de austeridade suplementares. Não diz se o faz até ao fim do seu mandato. Tem o apoio dos europeus que, a priori, têm mais confiança nele para que seja aplicado o acordo de 27 de outubro. E não se importavam de ver o mandato deste Governo ser prolongado.

No entanto, tudo dependerá do quadro interior, dos apetites e das necessidades dos partidos políticos, dos líderes e dos deputados. Mas muitas coisas mudaram e é bem possível que o venha a conseguir.

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