segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Crise da dívida - Itália e Grécia dois destinos paralelos

Em Atenas e em Roma, a crise derrubou os líderes eleitos e substituí-os por tecnocratas que têm como principal missão porem em prática os planos de austeridade impostos por Bruxelas e pelos mercados e que os seus antecessores não conseguiram aplicar.


No auge da crise económica e depois de várias más escolhas dos líderes e, em primeiro lugar, do primeiro-ministro que agora sai, os não políticos entram em cena. Aqui, na Grécia, é o banqueiro central Lucas Papademos.

Em Itália, suspeita de ser o próximo elo fraco da zona euro no que diz respeito à crise da dívida soberana, é igual: o Governo desapareceu. E é um antigo membro da Comissão Europeia, que tem boas relações com o sistema bancário europeu, que deve chefiar o próximo Governo.

As semelhanças são notáveis. Em ambos os casos, o sistema político não conseguiu gerir a crise. Na Grécia, o Governo do socialista George Papandreu, apesar de ter atuado em conformidade com as exigências dos mutuantes europeus, perdeu a confiança do seu povo, sobretudo depois de o primeiro-ministro que agora sai ter decidido realizar – antes de reconsiderar – um referendo. Esta decisão marcou o início do fim e facilitou muito a formação de um Governo de coligação com a direita.

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