segunda-feira, 21 de novembro de 2011

A Comissão regula, mas pouco

“Muito pouco, muito tarde”: a reforma das agências de notação proposta a 14 de novembro por Michel Barnier, a terceira em 3 anos, não satisfaz a tentativa de resolução da crise. Contrariamente às expectativas, o comissário europeu do Mercado Interno e dos Serviços renunciou a uma proposta fundamental: suspender a notação soberana de um país em dificuldades.
O texto apresentado visa diminuir a dependência das instituições financeiras em relação à notação das três grandes agências mundiais, Standard & Poor's, Moody's e Fitch Ratings: “É uma questão de obrigar os investidores a fazer os seus próprios cálculos, de constituir um Índice Europeu de Notações (EURIX) e de forçar a rotatividade destas notações ou a contabilidade simultânea de várias notações para se evitar qualquer decisão automática de investimento assim que uma notação desce”, nota o diário.



A 14 de novembro, o Parlamento Europeu votou a interdição de vendas a descoberto:

Estas operações consistem na venda de um título que ainda não se detém na esperança de o comprar depois a um preço mais baixo que o permitido, mas agora os operadores têm de provar que estão em condições de deter o título no momento em que este for entregue, facto que irá ocorrer num período de tempo mais curto. A Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados (AEVMM) terá também o poder de interditar estas operações caso se verifiquem tensões generalizadas nos mercados, para assim evitar novas decisões não coordenadas dos 27, à semelhança do verão passado, em plena tempestade financeira. As operações sobre dívidas soberanas serão objeto de uma atenção especial e as operações mais especulativas serão proibidas.

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