segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Gastos do orçamento federal aumentaram

Pelo contrário: a Alemanha não poupa. Os gastos do orçamento federal chegaram mesmo a aumentar recentemente e é provável que se situem à volta dos 300 mil milhões de euros nos próximos anos, de acordo com a previsão orçamental. O programa de austeridade adotado durante o período mais crítico do outono passado pouco evoluiu para além da regra de ouro que os alemães gostam de apregoar na Europa.

Se o nível do défice baixar é apenas por causa da conjuntura favorável destes últimos dezoito meses. Permitiu que a Alemanha arrecadasse receitas fiscais superiores ao que havia sido previsto estimulando o PIB. Como é uma proporção calculada com base no endividamento suplementar, o rácio défice-PIB regride. Mas nada disto está muito relacionado com as medidas de austeridade.

A boa saúde económica do país até este momento não é o resultado de uma ascese – pelo menos não a do Estado. Se o made in Germany também chega ao estrangeiro é sobretudo graças aos empregados alemães que fabricam produtos de qualidade a custos relativamente vantajosos.

Ao fazer o elogio arrogante da disciplina do estado alemão, o atual Governo faz imensos estragos na Europa. Na Grécia, em Espanha ou na Itália, onde eram estimados pelas suas virtudes – pelo menos, antigamente – os alemães são agora considerados os pais arrogantes do rigor, que pretendem ensinar às pessoas do resto do continente como devem viver e trabalhar. E isto não pode funcionar indefinidamente.

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