segunda-feira, 14 de novembro de 2011

O medo de não poder ser dono do seu próprio futuro

Até agora, a República Checa tem estado no segundo grupo. Mas, atualmente, está a mudar de rumo e procura um lugar no primeiro grupo. Londres e Copenhaga negociaram um estatuto de exceção: estão isentas da obrigação de adotarem o euro. A Suécia não beneficia deste estatuto, mas faz parte do grupo de opositores ao euro desde a vitória do não no referendo sobre a adoção da moeda única, em 2003.

Dito isto, o medo de se ser afastado do coração da Europa pode explicar a recente declaração do primeiro-ministro sueco, segundo a qual o seu país poderá participar no plano de resgate à Grécia, apesar de a tal não estar obrigado, uma vez que não é membro da zona euro.

Este medo de não poder ser dono do seu próprio futuro anima hoje, igualmente, os debates na Dinamarca, um país a que se colou o rótulo, tal como ao Reino Unido, de membro mais cético dos Vinte e Sete. No entanto, os observadores não param de lembrar que, de facto, já há muito tempo que a Dinamarca é membro da zona euro. A verdade é que desde há alguns anos a coroa dinamarquesa evolui em estreita relação com o euro, comparável à que se devem submeter todos os Estados-membros da UE durante os dois anos anteriores à entrada na zona euro.

Os pedidos de referendo são uma grande exceção na atual União Europeia. Recentemente, só dois países recorreram a ele: a Letónia e a Polónia. No caso da Polónia, foi defendido pelo líder do partido da oposição Direita e Justiça, Jarosław Kaczyński. Mas, nas últimas eleições, foi derrotado pelo primeiro-ministro pró europeu Donald Tusk.

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