sexta-feira, 4 de maio de 2012

Um contrapeso económico

Já em relação à união entre a Bielorrússia, a Rússia e o Cazaquistão, igualmente lançada no passado dia 1 de Janeiro, podemos interrogar-nos sobre qual o seu poder de atracção. Estes países, membros fundadores da Comunidade Económica Euro-Asiática (CEEA), formaram, para já, apenas uma união aduaneira. O objectivo anunciado de criar um "contrapeso” à UE deverá atrair os países da ex-União Soviética. Mas a ausência de uma lógica de acção para o longo prazo, o peso de sistemas fiscais desfavoráveis e uma imensidão de formalidades tornam infrutífera qualquer tentativa de estímulo às trocas mútuas dentro da CEEA. A ausência de concorrência real por parte da CEEA é uma fraca consolação para a União Europeia. A economia da UE parece um atleta que substituiu a sala de musculação por uma dieta no MacDonald's. Há vários anos que a sua balança de trocas comerciais é negativa: compra mais do que vende. O seu PIB gigantesco, de 19 triliões de dólares, contrasta com o declínio do seu crescimento (cerca de 0,5% em 2009, contra 3% em 2006). É o resultado de uma má gestão de prioridades: ainda não tinha terminado a integração económica e já se iniciava a integração política.

Sem comentários:

Enviar um comentário