sexta-feira, 4 de maio de 2012

PIB da NAFTA comparável ao da UE

O sucesso inicial da UE incitou, contudo, as outras regiões do mundo a criar uniões. A maior parte terá poder real apenas dentro de algumas décadas; mas conseguem já impor-se em mercados até aqui reservados à Europa. De acordo com o Fundo Monetário Internacional, a participação da UE no PIB mundial passará, em 2014, de 30% para 25%. A NAFTA (ALENA) – Acordo de Comércio Livre da América do Norte –, união aduaneira entre os Estados Unidos, o México e o Canadá, dispõe já de um PIB comparável ao da UE, mas que progride mais rapidamente, mesmo em tempos de crise. A sua força reside, não somente numa política aduaneira harmonizada, mas também numa política voltada para investimentos recíprocos nos países-membros. Embora não seja uma criação perfeita (nomeadamente devido à política de imigração dos Estados Unidos, que exclui a livre circulação de pessoas), a NAFTA ambiciona tornar-se numa união económica das Américas. Chegou-se a falar de moeda comum – o "amero”. Até à data, a adesão dos países da América do Sul à NAFTA não foi possível, pela simples razão de que esses países criaram a sua própria – e poderosa – união. Desde 1969, Peru, Bolívia, Equador e Colômbia fundaram a Comunidade Andina, que, em 2008, participou, ao lado do Mercosul (com o Brasil e a Argentina a liderá-la), na criação da União das Nações Sul-Americanas (UNASUR). Esta pretende unificar toda a América Latina, à imagem da União Europeia. A UNASUR vai certamente levar tempo a tornar-se um concorrente sério, já que a América do Sul enfrenta regularmente crises económicas. À excepção do Brasil, que continua a ser um país poderoso, com uma política económica fiável.

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