sexta-feira, 4 de maio de 2012

Financeiras islâmicas, um novo ator global

Sem os seus apoios agrícolas, a UE e a NAFTA não suportariam a concorrência dos produtos baratos africanos. O comércio externo do continente negro continua a ser mínimo, enquanto os conflitos, a falta de tecnologia e uma dívida monstruosa o remetem para um atraso de várias décadas. A esperança para África vem hoje da Índia e da China, que expatriam empresários em vez de comboios humanitários, e investiram cerca de 80 mil milhões de dólares nos últimos anos. Também o Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) se está a tornar um ator de peso. Se os seus membros decidirem investir o dinheiro do petróleo em tecnologias e instituições financeiras, as suas economias deixarão de estar dependentes das matérias-primas e poderão dominar as economias estrangeiras. Quanto à iniciativa de um sistema bancário fundado na lei corânica, promovido pelo CCG, os seus benefícios (nomeadamente a estabilização do sistema financeiro, por meio da proibição da usura) estão ainda por demonstrar. Mas quem sabe se essas medidas não virão a constituir um valor completamente novo à escala mundial.

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