quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

A ordem económica que inspira Merkel

ECONOMIA

UNIÃO EUROPEIA


O desejo de Angela Merkel de impor disciplina e sanções na zona euro não provém de um desejo de hegemonia. É apenas o prolongamento de uma doutrina económica sobre a qual se construiu o milagre económico alemão: o ordoliberalismo.

Será necessário que, por causa da crise, se redesenhe o equilíbrio da democracia europeia? A questão coloca-se quando os aprendizes de feiticeiro da engenharia institucional europeia se voltam a dedicar à obra comunitária. O desafio político é tão simples como crucial. Dado que agora se trata de garantir uma nova disciplina orçamental, quem deverá ser o "fiador" de último recurso?

Digamo-lo de uma vez: o Governo alemão tem vantagem nesta matéria. Angela Merkel afirmou-o em setembro perante os deputados democratas-cristãos e tem-no repetido desde então. A política orçamental dos Estados deverá ser controlada pelos juízes do Luxemburgo, que a partir de agora aplicarão sanções aos Estados "incumpridores" [o compromisso a que Angela Merkel e Nicolas Sarkozy chegaram a 5 de dezembro rejeita esta solução].

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