terça-feira, 17 de janeiro de 2012

GEOPOLÍTICA - A UE E O MUNDO

O declínio da Europa não é para já

O poder económico não é o único critério para definir o poder mundial. O que importa é a maneira como os sistemas políticos reagem às novas crises. E, segundo esta perspetiva, a UE ainda tem hipóteses.

O ano de 2011 tem tudo para ficar na História como um ano desastroso. Entre outras coisas, porque os Estados Unidos e a Europa estão risco de sucumbir sob o peso das respetivas dívidas. Neste momento, têm a reputação de maus alunos da economia mundial e recebem lições dos capitalistas de Estado da China, de diplomatas de Singapura e de economistas da Índia. Por conseguinte, não é de espantar que muitos observadores sensíveis ao sentimento dominante anunciem o fim de quatro séculos de domínio ocidental e vejam o Sol erguer-se no Extremo Oriente.

Aliás, o comportamento do Presidente norte-americano vai nesse sentido: considera que os Estados Unidos devem pôr em ordem a economia nacional, antes de se lançarem em novas intervenções no estrangeiro. Quando até o homem mais poderoso do mundo considera que Washington colocou a fasquia demasiado alta, temos tendência a concordar com o historiador Paul Kennedy (que escreveu sobre o assunto na sua obra Ascensão e Queda das Grandes Potências, de 1987), quando este diz que a América sofre de "sobrextensão imperial".

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