segunda-feira, 21 de março de 2011

A saga continua...

Se Portugal conseguir ultrapassar os obstáculos de Abril e Junho, sem ajuda externa, poderá respirar mais calmamente, pois as emissões da dívida que se seguem, quase todas de curto prazo, envolvem valores muito inferiores. Mas, todas juntas, perfazem um montante colossal. Afinal, o problema da dívida e do financiamento não se restringe ao Estado. Bancos e empresas têm grandes dificuldades em obter empréstimos a preços razoáveis.
Vejamos os grandes números de 2011: o Estado português tem necessidade de 30 mil milhões de euros, só para pagar a dívida que vence este ano. Se a esse total se juntarem os juros e as verbas necessárias para acomodar o défice precvisto para 2011, este valor poderá ascender a 45 mil milhões de euros. A Banca também necessita de conseguir 15 mil milhões de euros para reembolsos da dívida contraída, e que vai vencer ao longo do ano. Algumas empresas portuguesas que se financiam directamente do exterior, têm, este ano, cerca de 1500 milhões da dívida para vencer.No sector privado, a verba necessária para cumprir obrigações com a dívida estimada para 2011 ronda os 20 mil milhões de euros. Feitas as contas, terão de entrar no País cerca de 80 mil milhões de euros em empréstimos, este ano. Estamos a falar de quase metade do PIB português!

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