domingo, 30 de janeiro de 2011

FEEF, o que é?

O Fundo Europeu de Estabilização Financeira foi criado em Maio de 2010, dispõe de uma verba de 440mil milhões de euros, é parte integrante do fundo de 750 mil milhões de euros de ajuda aos países europeus, sendo as restantes verbas oriundas do FMI e da Comissão Europeia.

Tem como objectivo resgatar países em dificuldades, de forma a preservar a estabilidade da Zona Euro.

Este fundo é obtido através da emissão de títulos da dívida pública que são garantidos pelos países da Zona Euro.

A Alemanha é o maior contribuinte, com 119 mil milhões de euros.

Mas, a Alemanha não perde nada com isso, a garantia de existência da moeda única é fonte de grandes proveitos para a economia Alemã.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Barroso critica Merkel por recusar aumentar fundo de resgate | Económico
economico.sapo.pt
Durão Barroso criticou hoje a Alemanha por rejeitar a proposta para aumentar as verbas do fundo europeu de emergência. | Notícias sobre economia actualizadas ao minuto, informação de mercados, empresas e política, vídeos diários, opiniões de analistas e especialistas
"Fundo vai ficar pelos 750 mil milhões”, diz Schaeuble | Económico
economico.sapo.pt
O ministro das Finanças alemão repetiu hoje que recusa aumentar o fundo de resgate europeu de 750 mil milhões de euros. | Notícias sobre economia actualizadas ao minuto, informação de mercados, empresas e política, vídeos diários, opiniões de analistas e especialistas
‎"É insustentável o preço que pagamos pelo dinheiro" | Económico
economico.sapo.pt
João Duque reitera que o País poderá pedir ajuda externa até Março. | Notícias sobre economia actualizadas ao minuto, informação de mercados, empresas e política, vídeos diários, opiniões de analistas e especialistas

A situação real da economia portuguesa (1/2)

PENSAR PORTUGAL 24/09/2010 "Economia Portuguesa, as últimas décadas." 5

FMI, um inoportuno visitante!

"As medidas impostas pelo FMI falharam mais vezes do que as em que tiveram êxito. Depois da crise asiática de 1997, as políticas do FMI agravaram as crises na Indonésia e na Tailândia. Em muitos países levaram à fome e à confrontação social; e mesmo quando os resultados não foram tão sombrios e conseguiram promover algum crescimento depois de algum tempo, frequentemente os benefícios foram desproporcionadamente para os mais ricos deixando os mais pobres, mais pobres ainda.
O mais problemático é que as políticas impostas pelo FMI não são, nem podem ser questionadas por quem governa.Coloca - se efectivamente um problema de governação!
O FMI tem como único objectivo canalizar o máximo possível de rendimento do país para o pagamento da divída! Os investidores é que não podem ser defraudados!"


In Joseph Stiglitz, Globalization and its Discontents, 2002

sábado, 8 de janeiro de 2011

Europa à Venda

Corrida ao financiamento leva o primeiro ministro português a solicitar ao Brasil 20 mil milhões de euros. Trata - se do valor arredondado de que Portugal necessita para se financiar em 2011.Procura - se por isso compradores a juros não promíscuos e de preferência de forma discreta.
Para escapar aos imperativos económicos e aos juros altos do FMI, a estratégia do governo é espicaçar o apetite de países como o Brasil, China, Venezuela, Líbia, Arábia Saudita, entre outros.
A escolha destes países não é errática. A principal marca da política externa do actual executivo talvez tenha sido a abertura a países fora do eixo transatlântico, europeu e africano lusófano. Conseguiu - se diversificar as exportações e compuseram - se arranjos diplomáticos que permitiram a nomeação portuguesa para o Conselho Permanente da ONU.
No entanto, não é só Portugal que procura financiadores! Em 2011 estima - se que países europeus como a França, Espanha, Alemanha e Itália possam emitir até 900 mil milhões de euros de títulos de dívida. Atenção ao acréscimo da oferta de títulos e o seu impacto nos mercados, com uma oferta tão alargada.A Europa está efectivamente à venda!

Eurocasamento de conveniência

Quando adoptaram a moeda única, os alemães pensaram que tinham entrado num condomínio fechado, em que cada um (Estado) trataria de manter a sua casa arrumada. Tal mito desmorunou - se com a preocupação crescente suscitada pelo crescimento das diferentes divídas da zona Euro.

De um ponto de vista estritamente economicista, a Alemanha necessita da Europa porque a moeda única confere uma enorme vantagem competitiva às suas exportações.

Taxas ou impostos?

Através das taxas, o Estado Português arrecada 35% do nosso Produto Interno Bruto.

Mas, atenção! A existência de uma taxa pressupõe uma contraprestação de um serviço, caso contrário trata - se de um imposto!

Quantos impostos/ taxas grassam actualmente no nosso país?

De que forma são calculadas essas taxas? De acordo com a qualidade da contrapartida do serviço ou fundamentada em valores pré - existentes?

Tomemos como exemplo a taxa de saneamento que é calculada exclusivamente de acordo co o IMI???? Onde estão as outras variáveis que deveriam intervir na determinação do valor desta taxa?

Carga Fiscal

Segundo a OCDE, Portugal foi o membro da União Europeia onde a carga fiscal entre 1995 e 2008, em relação à riqueza gerada.

Actualmente, Portugal deve ser o país da Europa com maior esforço fiscal. Esta situação coloca uma outra! Quem estará disposto a investir num país onde os impostos estão sempre a mudar?
Perante este cenário não se perspectiva o crescimento da economia. A única via será o aumento das exportações, que não são afectadas nem pelo IVA a 23% nem pela quebra de consumo interno.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

A China e a dívida pública portuguesa

Qual a relação?

O Banco Central chinês é actualmente um dos mais poderosos do mundo.

Este Banco tem activos superiores a três biliões de euros, o que equivale a seis vezes o PIB português!

Poderá, neste ano ser uma óptima ajuda para Portugal, se adquirir dívida pública portuguesa.

No entanto, está sob grande pressão internacional para acabar com a desvalorização artificial da moeda chinesa, factor que contribui para a competitividade da sua economia, fundamentalmente exportadora, esmagando a concorrência à custa da inexistência de direitos laborais e de baixos salários.

O mundo em mudança até 2025

9 mil milhões em 2050 - 1 em cada 3 será africano.
Apenas 14% da população viverá em países desenvolvidos.
Mais de dois mil milhões de pessoas terão mais de sessenta anos, constituirão o grupo etário cujo poder de compra crescerá.
541 milhões de pessoas(6,8% do total) viverão em 37 megacidades.
Aumentarão os custos de saúde e segurança social nos países ocidentais.

50 mil milhões de dispositivos ligados à net, em 2020.

As energias de origem não fossíl, nuclear incluído, irão crescer lentamente.

A água, escassa, passará a valer tanto como o petróleo.
Proceder - se - á à dessalinização da água do mar.

A fome afectará 1, 3 mil milhões de pessoas, principalmente no continente africano.

A China perderá competitividade. Taiwan, Irão, Venuzuela, Malásia, Nigéria, Colômbia, EAU, Israel, Egito e Vietname representarão a segunda vaga de mercados emergentes.

Grandes avanços na Medicina e Manipulação Genética são espectáveis.

Resultados de um estudo publicado por Martin Walker

A bolha imobiliária de novo!!!!

A bolha imobiliária que rebentou nos EUA, devido a uma sobrevalorização dos imóveis e a cedência de crédito indiscriminado, deu origem à grande crise finançeira global que devastou principalmente os países desenvolvidos do Ocidente.

Eis que surge uma "nova" bolha imobiliária na China que se defronta já com alguns problemas imediatos, como a inflação, os custos de trabalho, a crise ambiental e a longo prazo com a crise demográfica, resultante da política do filho único.

A necessidade de manter o nível de crescimento nos 8% para se manter no poder, leva as autoridades de Pequim a cederem a pressões do imobiliário que cresce desmesuradamente, sem que a maior parte da população tenha poder de compra para os adquirir. A solução passará por cedência de créditos à população de forma a escoar o produto e satisfazer o mercado.

Quando esta rebentar, quais as consequências globais?

Que futuro global?

Para caminharmos com alguma segurança nas próximas duas décadas torna - se imperativo tomar algumas medidas: eliminar subsídiops agrícolas dos países do G7, apostar no investimento agrícola e hídrico em África, criar uma taxa global sobre o carbono e assegurar que todas as raparigas frequentem a escola, pelo menos durante dez anos, em qualquer parte do mundo.

Estado Social...que futuro????

O Estado Social na Europa tem de ser reformulado e repensado. Existe um limite para a capacidade da economia transferir fundos dos sectores produtivos para os não produtivos.

Provavelmente teremos que aumentar a idade da reforma para os 67 anos e depois para os 70, pelas razões atrás apontadas e porque o número de inactivos, continuando com este cenário, será crescente e incomportável para o número de activos existentes.
É necessário repensar a prática e utilização da medicina e dos serviços de saúde. A medicina deve ser encarada prioritariamente na sua vertente preventiva, tendo a mesma grande incidência sobre as crianças em idade escolar.

O sistema de ensino superior deve ser repensado e deixar de ser encarado como um rito de passagem entre a vida não activa e a vida activa. Estes estabelecimentos de ensino devem abrir - se à comunidade, de forma a fornecer formação e aprendizagem pela vida fora, a pessoas de 30, 40 ou mesmo 50 anos. Se a reforma só espreita aos 70 ou com hipótese de se tornar voluntária,muito tempo resta aos cinquentões!

Tribunal de Contas/ Ministro das Finanças

Os cálculos inscritos na Conta Geral do Estado têm suscitado muitas dúvidas por parte do Tribunal de Contas, que num relatório recente fala de incumprimento dos princípios e regras orçamentais da anualidade, unidade e universalidade.

Com a crise a não dar sinais de abrandamento ou da desejável retoma, o Ministro das Finanças ver - se - á obrigado a socorrer - se de malabarismos e artifícios contabilísticos.

Como conseguirá o Ministro chegar aos almejados 4,6% do PIB? Só mesmo através de malabarismos, sem correspondência com a economia real?