terça-feira, 21 de junho de 2011

Assembleia reunida, condomínio convencido

É mais dificíl instalar colectores solares, térmicos ou fotovoltaicos, em condomínio. A área disponível é, à partida, menor e precisa do acordo dos condóminos.
Os prédios com seis ou mais fracções podem candidatar - se à microgeração. Ao contrário das moradias, não há restrições quanto à potência contratada. Mas a potência máxima de ligação não pode exceder 11, 04 KW.
Os condomínios deparam com mais limitações e burocracias do que as vivendas. Existem restrições de espaço e é necessária a aprovação dos condóminos. Por se tratar de uma obra de inovação, só pode avançar como acordo de, pelo menos, dois terços do valor da permilagens e da obra não pode resultar qualquewr prejuízo na utilização de partes comuns ou das fracções autónomas. Esta limitação pode ser, contudo ultrapassada se a decisão for tomada por unanimidade.
Para a votação decorrer, é obrigatório haver um projecto completo, que inclua desde a descrição da instalação até à identificação das zonas comuns onde passam os cabos ou o local onde ficará o contador. Em caso de aprovação, as despesas com o sistema fotovoltaico são divididas por todos, mesmo por quem tenha votado contra.
A autorização dos condóminos deve ser dada até 70 dias antes do registo no portal das Renováveis na hora.
O prédio tem ainda de ser alvo de uma auditoria prévia. Depois, o licenciamento decorre de forma idêntica ao das moradias.

Água do banho aquecida pelo sol

Um sistema solar térmico para aquecer águas sanitárias, com área de 2 metros quadrados e depósito de 200 litros, vale uma poupança de 120 euros nafactura do gás.

1700 x 0,07 euros -- 120 euros de poupança anual

KWH KWH

Consumidores exigem

A microgeração dá ao consumidor a possibilidade de produzir electricidade verde"no conforto do lar" e vendê - la à rede pública a uma tarifa atractiva. Os distribuidores de energia, como a EDP, compram - na a um preço quase três vezes superior àquele a que a vendem.
O incentivo à produção eléctrica a partir de fontes renováveis, sobretudo eólica, devia seguir os mesmos passos da microgeração e ser suportada por todos os consumidores de electricidade. A DECO manifesta - se, há vários anos, contra o facto de a factura das renováveis ser paga só pelo consumidor doméstico.
A lei deve ser mais exigente quanto à instalação de painéis solares térmicos. Não pode continuar a fixar apenas o mínimo de 2 metros quadrados, mas antes obrigar os instaladores a adequarem as propostas às necessidades reais das famílias. Mais: como consumidor suporta um investimento financeiramente pesado, é todo, é de todo pertinente que possa daí retirar outras contrapartidas e poupar,por exemplo, na factura do gás. Para uma família de 4 pessoas, deviam ser aconselhados colectores de 4 metros quadrados, no mínimo. Na prática bastaria aplicar as mesmas regras da regulação térmica dos edifícios, que fixam a dimensão dos painéis consoante a tipologia da habitação.
Para acabar com orçamentos incompletos, pouco realistas e dificéis de comparar, o Ministério da Economia deveria ainda impor um modelo único a seguir por todos os instaladores. Já foram feitas chegar as conclusões deste estudo ao Ministério da Economia, Entidade Reguladora dos serviços Energéticos e a Direcção - Geral de Energia e Geologia.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Metade da electricidade em Portugal já é verde!

Fontes renováveis lideram a produção:
2002 - 21,8%
2004 - 25,2%
2006 - 30,6%
2008 - 27, 8%
2010 - 52%
2020 - 60% - Projecção

No entanto, rio e vento dão o maior contributo
Hidríca - 8600 MW
Eólica - 8900 MW
Solar - 1500 MW
Biomassa - 250 MW
Ondas e marés - 250 MW

Portugal dispõe de mais horas de luz do que os restantes países europeus. Mas, ainda não tira todo o partido desta fonte de energia renovável.

Na produção fotovoltaica, a Alemanha liderava, em 2009, com 1 milhão e 600 mil metros quadrados de painéis, contra 140 mil metros quadrados em Portugal.

Vender ao triplo do preço de compra

O grande chamariz da microgeração assenta nas tarifas de venda. Os futuros produtores com potência instalada até 3,68 KW beneficiam do regime bonificado.

Já os condomínios não podem produzir acima de 11, 04 KW. Em ambos os casos, cada KW obtido a partir de um painel fotovoltaico, em 2011, é vendido à rede a 38 cêntimos, quase três vezes mais do que a tarifa de venda ao consumidor.

Em 2012, será de 36 cêntimos e diminui 2 cêntimos todos os anos, pelo que quanto mais tarde entrar no negócio, menos rentabilidade terá. Caso não se torne produtor este ano, a tarifa de 38 cêntimos está assegurada durante oito anos. Depois começa a descer e, entre o 8º e o 15º ano de produção é de 22 cêntimos.

Se produzir a partir do vento, a tarifa equivale a 80% da fotovoltaica e, no caso da hídrica, a 40%.

O consumidor é sempre obrigado a dispor de colectores solares térmicos para aquecer as águas sanitárias. Mas, a lei só exige 2 metros quadrados de painel, o que se pode tornar insuficiente em muitos casos.

Os instaladores deveriam ajustar a capacidade do painel ao consumo de cada família e não propor apenas o minímo. Para uma família com 4 elementos é recomendável adquirir 4 metros quadrados. Além disso, o acréscimo de investimento é compensado pela redução da conta do gás.

Contas à lupa

Caso condideremos a instalação de painéis com uma área de 28 metros quadrados, mais barato, de 6000KWH ou um de área superior de 34 metros quadrados,de maior rendimento, de 7500 KWH, poderemos considerar investimentos iniciais que oscilam entre os 19915 euros e 21915 euros, incluindo a aquisição dos ditos painéis, instalação e obras, licenciamento e custos iniciais.

A manutenção oscila entre os 190 e 210 euros anuais.

O retorno do investimento só se verifica a dez anos para o primeiro painel e a nove anos para o segundo modelo.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

MICROGERAÇÂO - Muita parra e pouca uva

Burocracia, custo de instalação e área ocupada pelo sistema solar são factores a ponderar na hora de se candidatar à microgeração.

Vai ter que esperar, no mínimo, sete anos para ver o investimento compensado.
No melhor cenário, o lucro ronda os 9000 euros, ao fim de quinze anos.

Se necessitar de crédito para financiar o projecto, o melhor é não se aventurar.

Os juros, as comissões praticamente diluem a mais - valia: a menos que tenha uma forte consciência ambiental ou estará a "trabalhar para aquecer".

MICROGERAÇÃO - ETAPAS

Para obter o licenciamento de produção de energias limpas terá que passar por várias etapas.
1 - Registo
Depois de escolhido o sistema, preencha o formulário do Sistema de Registo de Microprodução em www.renovaveisnahora.pt e identifique o local da instalação e o contrato de electricidade.
2 - Validação do pedido
Depois de realizado o registo, recebe uma primeira validação do pedido do Sistema de Registo de Microprodução. Tem até cinco dias para aceitar.
3 - Pagamento da taxa
Sr - lhe - á enviado uma referência de Multibanco e dispõe de cinco dias para pagar a taxa de registo de 615 euros.
4 - Instalação
Após o registo, deve instalar uma unidade de microprodução no prazo de quatro meses.
Antes de pedir o certificado de exploração, a instalação, já montada e pronta a funcionar, tem de ser inspeccionada.
5- Inspecção
Cabe à entidade certificadora, a CERTIEL, fazer a inspecção até 10 dias após o pedido.
Se forem detectadas não conformidades, tem de corrigir e solicitar uma nova inspecção no prazo de trinta dias.
6 - Registo definitivo
Depois da emissão do certificado de exploração, o registo provisório passa a definitivo.
7 - Contrato de venda
Adira ao contrato de comercialização, até dez dias após a emissão do certificado. Cabe ao fornecedor informar, no prazo de dez dias, o Sistema de Registo de Microprodução de que o contrato foi concluido.
8 - Ligação à rede
O Sistema de Registo de Microprodução pede ao operador da rede para ligar a instalação à rede no prazo de dez dias.
UMA VERDADEIRA SAGA!!!!

MICROGERAÇÃO

Produzir electricidade em casa e vendê - la à rede pública não é tão vantajoso quanto parece.

Se recorrer ao crédito para financiar o projecto, a rentabilidade fica comprometida.
Já há quase 10 mil portugueses a produzir electricidade a partir de equipamentos que usam fontes renováveis, como painéis fotovoltaicos ou minieólicas.

O projecto de microgeração, lançado pelo Governo há três anos, dá a oportunidade aos consumidores de contribuir para a produção nacional de energia verde, tirando daí uma contrapartida financeira.

Toda a energia produzida é vendida à rede pública e ao triplo do preço a que a compram. Mas, nem tudo o que luz é ouro.
Realizada a avaliação do preço de aquisição, custos de instalação e de manutenção de um sistema fotovoltaico e concluiu - se que o retorno não é elevado e quew tarda em chegar.

Terá de esperar, pelo menos a sete ou oito anos para começar a obter lucro.

CARTÕES de CRÈDITO, ATENÇÃO!

Pagar com cartão de crédito pode trazer dissabores.
Os custos cobrados por várias indústrias, como a hoteleira, agências de viagens e companhias aéreas são verdadeiramente abusivos.
As taxas aplicadas são excessivas e não obedecem a nenhuma lógica.
Fica um alerta aos consumidores!

EM PARCERIA POR DINHEIRO BEM GERIDO

Deco e santa Casa da Misericórdia de Lisboa aliam - se na Educação Financeira.

Levar a educação financeira aos jovens, elaborar materiais de apoio para formadores e público em geral e formar técnicos sociais são os principais objectivos da parceria entre estas duas entidades.

O protocolo de colaboração vai permitir até ao final do ano, elaborar múltiplas acções de formação para crianças, jovens e adultos a aprenderem a lidar com o dinheiro.

Tem como objectivo combater o flagelo do sobre - endividamento das famílias portuguesas, que além de constituir um enorme problema financeiro e de consumo, origina muitos e graves problemas sociais na sociedade, em particular, no meio urbano.

Atenção a falsas promessas bancárias!

Depósitos que anunciam 6,2%, mas rendem muito menos.
Os depósitos de taxa crescente prometem rendimentos na casa dos 6% que são um verdadeiro engodo!

Feita a análise de 38 tipos de depósitos de taxa crescente, concluiu - se que vários atingem os 6%, mas só no último período!

No primeiro ano, rendem menos do que a inflação prevista para 2011, de 3, 6%, e menos até do que o melhor depósito a 12 meses, de 3,7% l´quidos. O rendimento anual para a totalidade da aplicação é bastante mais baixo do que o sugerido nos anúncios publicitários: 3,8% líquidos, na melhor das hipóteses.

Se não necessita do capital a médio ou longo prazo, pode optar por alternativas mais rentáveis.
Os Certificados do Tesouro (5,3% a cinco anos) e as Obrigações do Tesouro, cujo rendimento já supera os 10% ao ano para quem os mantiver até ao vencimento ( prazo de três anos), são as opções mais interessantes.