segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Medina Carreira: «A economia vai derrotar esta democracia»

Maus ventos da China

China/UE
Bruxelas alerta para perigo de aquisições chinesas
por LusaHoje

O comissário europeu para a Indústria alertou hoje a União Europeia para o perigo que constituem as aquisições de controlo realizadas por estrangeiros, sobretudo por chineses, considerando que essa prática se insere numa estratégia política.

"As companhias chinesas que podem pagar compram mais e mais empresas europeias, nas quais as principais tecnologias ocupam setores-chave. Tratam-se de investimentos mas, por detrás disso, também é uma estratégia política, à qual a Europa deve responder politicamente", declarou Antonio Tajani, numa entrevista ao diário alemão Handelsblatt.

Considerando que a União Europeia (UE) deverá proteger os principais sectores estratégicos das aquisições de controlo realizadas por capitais estrangeiros, o comissário europeu propõe, para tal, "a criação de uma autoridade" para rever os investimentos estrangeiros na Europa, como é o caso do Comité de Investimentos Estrangeiros, sedeado nos Estados Unidos.

Para Tajani, essa autoridade destinar-se-ia a "apurar com precisão se as compras a realizar por companhias estrangeiras privadas ou públicas são perigosas ou não".

Agências de Rating, que papel?

Será que as Agências de Rating têm um projecto bem definido de ataque ao euro enquanto moeda?

Neste momento, apontando para uma situação de insolvência da nossa dívida pública, assim como o realizaram em relação à Grécia, Irlanda, perseguindo Portugal e Espanha de forma a que estes países se vejam arrastados para um compromisso com o FMI, gerando simultaneamente "um mal estar europeu" que leva os países mais ricos da UE a esqueçerem - se dos laços de solidariedade que nos devem unir, pedindo a viva voz a saída da moeda única dos países mais debilitados!!!

Que se passará quando as agências de rating minarem e destruirem os precários equilíbrios das periferias e chegarem ao coração da Europa?

A França e a Alemanha são efectivamente os grandes motores económicos desta UE, mas também têm níveis elevados da dívida pública que terão que ser renegociados! Que acontecerá, então?

Impactos na economia.....do tão falado Petróleo

O preço do petróleo ia em subida galopante até atingir níveis históricos em 1980, quando, de repente o mundo se vê surpreendido pela maior crise financeira desde a Grande Depressão.

Mal, a economia mundial apresentava uns ligeiros indicadores de que de algum modo se estava a recompôr, eis que dispara o preço do barril de brent que neste momento já ultrapassa os 90 dólares.

Matéria - prima sobre a qual assenta o sistema produtivo ocidental, produto final que gera mobilidade de bens e pessoas possibitando criação de riqueza, fiquemos a saber que o consumidor final irá pagar em Portugal por 1 litro de gasolina Super 95 a módica quantia de 1,421€.

Não mencionando os valores a serem praticados pelo gasóleo que irão ter um enorme impacto negativo nas empresas que assim verão acrescidas as suas despesas correntes de funcionamento.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Trichet e o conceito de BLOCO EUROPEU

O presidente do BCE veio hoje defender a moeda única.

Jean-Claude Trichet afirmou hoje que o euro não causou a crise de dívida soberana na Europa e que é uma moeda credível.

Em entrevista à rádio francesa Europ1, Trichet pediu aos países da zona euro mais determinação para combater a crise de dívida do bloco.

"Pedimos a outras instituições e outros governos para aumentarem a sua própria responsabilidade, tanto individualmente como colectivamente", afirmou o líder do BCE, citado pela Bloomberg.

E acrescentou: "Precisamos de gerir as despesas actuais convenientemente".

NÃO!!!! NUNCA!!!! Onde está a solidariedade europeia?

Sair do euro é a melhor forma de recuperar as economias de Portugal, Grécia e Irlanda, refere Andrew Bosomworth, da Pimco.

"Sem moeda própria e sem grandes transferências de fundos, a Grécia, Irlanda e Portugal não serão capazes de cair de pé", disse Andrew Bosomworth, que dirige a carteira de investimentos europeus da Pimco, uma das maiores gestoras de activos mundiais, em entrevista ao jornal alemão Die Welt.

Com divisas próprias, Portugal, Irlanda e Grécia poderiam desvalorizar e tornar as exportações mais competitivas, atingindo assim o crescimento económico necessário para cumprir os compromissos como credores internacionais, acrescentou.

Quando as economias voltarem a crescer a ritmos mais rápidos, as três economias voltarão a ganhar a confiança dos mercados de dívida e poderão voltar à zona euro, disse Bosomworth na entrevista, citada pela agência noticiosa France Press.

O responsável afirmou ainda que a Bélgica, Itália e Espanha deverão ser capazes de resolver os seus problemas de dívida mantendo-se na zona euro e previu "no prazo mais ou menos longo" a concretização da emissão de títulos comuns de dívida pública pelos países da zona euro (a chamada eurobond), medida que já atraiu a oposição de França e Alemanha.

Desde que a crise da dívida europeia começou em Maio, com a Grécia a chegar perto do incumprimento, diferentes analistas levantaram a possibilidade de um ou mais países abandonarem a zona euro.

No entanto, a maioria dos economistas considera que os custos do abandono da moeda única e os aumentos dos custos de financiamento que a medida acarretaria são suficientes para dissuadir qualquer país de deixar a zona euro.

O espaço da moeda única está prestes a crescer para 17 países, com a adesão, em Janeiro, da Estónia.
Jean-Claude Trichet afirma que o euro não causou a crise de dívida soberana na Europa. O presidente do Banco Central Europeu (BCE) pediu aos países da zona euro mais determinação para combater a crise.


Trichet descredibiliza as afirmações que culpam o euro como responsável da crise europeia. "O euro é uma moeda credível e a prova disso mesmo é a manutenção do seu valor nos seus doze anos de existência", afirma. O presidente do BCE pede ainda aos países da zona euro que "assumam as suas responsabilidades individual e colectivamente".

No caso da Irlanda acrescentou que é necessário que o país seja "extremamente rigoroso" no cumprimento do plano.

A probabilidade de default (incumprimento da dívida soberana) da Grécia, Irlanda, Portugal, Espanha, Itália e Grécia continua a subir mantendo a tendência de desconfiança já observada na cimeira dos 27 da União Europeia.

Portugal mantém o 6º lugar no TOP 10 mundial desse risco, subindo de 33 para 34,4 por cento.

TVNET - "O fim do euro está fora de questão", Trichet

TVNET - "O fim do euro está fora de questão", Trichet

Contas....para quê e para quem???

O Orçamento de Estado é mau! Facto! Orçamento sem qualquer criatividade e transparência.

É fácil reduzir salários e aumentar impostos, apesar de todos sabermos quais as consequências inerentes! Será também mais fácil debelar as convulsões sociais que se avizinham, do que controlar os interesses instalados e o poderossímo efeito do capital financeiro???

Governo recusa revelar despesas dos gabinetes.

A associação sindical dos juízes interpôs 17 acções no Tribunal Administrativo de Lisboa, para que este obrigue todos os ministros do actual Governo a revelar quanto gastam os respectivos gabinetes em despesas de representação.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Maurizio Pallante sobre a economia mundial em portugues

Ernâni Lopes descreve Portugal como um país semi

A situação real da economia portuguesa (1/2)

A economia constitui o sustentáculo civilazicional, sendo o suporte dos modelos sociais.

Para que modelo caminhamos? Para uma social democracia nórdica? Para atingir tal patamar, teremos que partir de alguns princípios
_ pleno emprego
_ forte industrialização da economia
_ redistribuição da riqueza criada

Estes modelos surgiram, com os devidos compassos de espera, da revolução industrial que promovia uma forte industrialização europeia.

Será a Europa capaz de "vestir" este modelo num momento de forte desacelaração industrial?

Medina Carreira..... e as suas profecias

Medina Carreira foi Ministro das Finanças de Mário Soares, no I Governo Constitucional. No final de 1977 exortava os portugueses a gastar menos e a poupar mais. E, dizia"lá virá o dia em que todos vão ter de aceitar a inevitabilidade das medidas de austeridade".

Em 1985, Portugal viu- se obrigado a negociar com o FMI, visto que as torneiras do crédito externo se tinham fechado para o nosso país.

Em 2010, de novo o "fantasma" dessa instituição ronda o país.
Com um défice orçamental monumental que já não era tão grave há 160 anos como hoje, que futuro para reorganizar as contas do Estado?

Os senhores do dinheiro

Para estes senhores o objectivo é simples: ganhar dinheiro, independentemente da conjuntura. Com estratégias arriscadas e muitos milhões na carteira, os hedge funds conseguem, muitas vezes, ter mais força do que os políticos e aproveitam as fragilidades dos governos mais vulneráveis e enfraqueçidos.

O hedge fund trata - se de um fundo que gere de forma agressiva um conjunto de investimentos particulares e institucionais, fazendo uso de estratégias como a alavancagem financeira nos mercados domésticos e internacionais com o objectivo de gerar retornos chorudos.

O objectivo não é produzir ou criar riqueza, mas especular sobre a já existente.

A União Europeia e o futuro

A União Europeia ainda não se apercebeu do papel estratégico da Rússia enquanto parceiro económico.

O desenvolvimento de "uma parceria económica" com a Rússsia poderia funcionar como um tampão de protecção contra a concorrência desleal da China,que invade o mercado europeu através do mais flagrante dumping social.

A crise grega deixou o seu maior porto de acesso à Europa totalmente a descoberto, criando um corredor por onde as exportações chinesas se podem infiltrar na Europa, com as naturais implicações para o tecido produtivo europeu.

Crise grega que atingiu o seu ponto alto devido à postura alemã face aos seus parceiros europeus. A Alemanha continua na UE, mas fundamentalmente centrada em si mesma e na sua problemática de crescimento económico.

Claro, sendo a Alemanha um dos mais ricos parceiros europeus, com o euro e as suas regras demasiado rígidas, é que os mais ricos têm beneficiado milhões, enquanto os menos desenvolvidos crescem pouco ou nada, veem definhar os fundos de coesão e o investimento europeu, e estão condenados a um défice orçamental excessivo e a um endividamento cada vez maior.

A Alemanha acusa os seus parceiros de "preguiçosos", mas se todos importamos demasiado desse país é porque ele exporta demasiado para a periferia, aproveitando o euro que o beneficia, enquanto vai asfixiando progressivamente os parceiros europeus.

As ambições hegemónicas Alemãs mostram neste Século XXI uma nova faceta!!!

John Kay e a negação da crise mundial da Segurança Social

John Kay, prestigiado economistra inglês, colunista do Financial Times nega todas as afirmações reiteradas no seu livro " The World Crisis in Social Security", segundo o qual o sistema de segurança social se encontrava em ruptura.

Através da publicação " A crise das pensões ajuda a criar uma crise" nega a possibilidade de existência de crise mundial de segurança social. Este conceito, segundo o autor, desenvolveu - se com base em três factores.

A constatação fundamentada de que o rácio entre pessoas aposentadas e as que se encontravam em idade activa vai subir drásticamente, em muitos países. Em segundo lugar, deveu - se à hostilidade ideológica que existe a hipótese de o Estado assumir um papel social mais importante e fundamentalmente, devido ao papel desempenhado pela indústria financeira que pretende chamar a si uma fatia maior no sector das pensões.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

A União em crise?

A amizade Franco - Alemã do pós guerra - fria foi relegada para a gaveta da história.

A amizade decretada após a queda do muro de Berlim sofre alguns estremeções com Angela Merkel à frente da maior potência europeia a defender uma diminuição das armas nucleares da Aliança e Nicholas Sarkosy a "bater o pé" por lhe quererem reduzir esse símbolo do poder gaulês.

Será que a França manifesta desta forma os seus receios perante uma Alemanha que aspira a tornar - se uma potência europeia, largando neste percurso os seus parceiros europeus, libertando - se do trauma que lhes foi infligido durante todo o Século XX, na sequência da perseguição dos mesmos objectivos? Ou seja, o que era válido nas décadas de 20 e 30 na Alemanha continua a ser válido nesta década do Século XXI.

INE - Informações

Os consumidores travam a fundo. A austeridade está a minar o optimismo dos consumidores que regride a passos largos. Há mais de duas décadas que este fenómeno não atingia tais proporções.
A descida do indicador de confiança dos consumidores registou uma descida que foi a "MAIS EXPRESSIVA" DESDE 1986.
As perspectivas sombrias dos portugueses centram - se fundamentalmente no futuro das finanças da sua própria família, assim como quanto ao futuro das finanças públicas. O desemprego e a capacidade de gerar poupança constituem outro dos grupos de apreensões nacionais.
Com um consumidor tão apreensivo, o que se passará com o sector empresarial? Em depressão, também! Se as famílias não consomem, não se produz, não se vende e o sector terciário será fortemente atingido.
Eis a "RECESSÃO" e a "ESTAGNAÇÃO" da economia. Poder - se - á prever um crescimento, mesmo dos míseros 1,8%???