Sair do euro é a melhor forma de recuperar as economias de Portugal, Grécia e Irlanda, refere Andrew Bosomworth, da Pimco.
"Sem moeda própria e sem grandes transferências de fundos, a Grécia, Irlanda e Portugal não serão capazes de cair de pé", disse Andrew Bosomworth, que dirige a carteira de investimentos europeus da Pimco, uma das maiores gestoras de activos mundiais, em entrevista ao jornal alemão Die Welt.
Com divisas próprias, Portugal, Irlanda e Grécia poderiam desvalorizar e tornar as exportações mais competitivas, atingindo assim o crescimento económico necessário para cumprir os compromissos como credores internacionais, acrescentou.
Quando as economias voltarem a crescer a ritmos mais rápidos, as três economias voltarão a ganhar a confiança dos mercados de dívida e poderão voltar à zona euro, disse Bosomworth na entrevista, citada pela agência noticiosa France Press.
O responsável afirmou ainda que a Bélgica, Itália e Espanha deverão ser capazes de resolver os seus problemas de dívida mantendo-se na zona euro e previu "no prazo mais ou menos longo" a concretização da emissão de títulos comuns de dívida pública pelos países da zona euro (a chamada eurobond), medida que já atraiu a oposição de França e Alemanha.
Desde que a crise da dívida europeia começou em Maio, com a Grécia a chegar perto do incumprimento, diferentes analistas levantaram a possibilidade de um ou mais países abandonarem a zona euro.
No entanto, a maioria dos economistas considera que os custos do abandono da moeda única e os aumentos dos custos de financiamento que a medida acarretaria são suficientes para dissuadir qualquer país de deixar a zona euro.
O espaço da moeda única está prestes a crescer para 17 países, com a adesão, em Janeiro, da Estónia.
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